Ultrapassando a barreira do previsível, o Orçamento de Estado para 2012 foi aprovado na generalidade e na sua essência. Não seria de esperar nada em contrário à sua aprovação, visto que a maioria PSD/CDS, evidentemente, votaria a favor. Como também era de esperar, PCP, BE e PEV votaram contra. O PS, baseado nas últimas movimentações do seu líder parlamentar, absteve-se! Mas, e isto reflecte o período de atabalhoamento e atordoamento, a inexpressividade oposicionista medíocre, em que o partido e particularmente a sua representação parlamentar vivem mergulhados, tendo como timoneiro um (in)Seguro sem ideias nem soluções, que só sabe baralhar. O PS, como opositor ao Governo, está em comoção. O reflexo disso, foi hoje a sua abstenção no OE, não se querendo comprometer, ficando ali no "meínho". O mais comovente foi ouvir da boca de alguns deputados (e aqui não é de estranhar também, que sejam aqueles mais chegados ao anterior Governo de Sócrates) afirmarem que, por consciência votariam contra, mas que, por disciplina partidária, se abstiveram. Que "carneirada" tão estratega e tão anti-patriótica! Bom, e a partir de agora, caso pudessem existir dúvidas mais pertinentes ou resistentes acerca do que aí vem, nada os poderá deter.
