Não sei até que ponto é saudável ser do domínio público saber-se quanto auferem os administradores das principais empresas públicas. Alimenta-se e agrava-se ainda mais os sentimentos de desigualdade e injustiça que envenenam esta sociedade já de si dividida, frágil, pervertida, de pouca decência e com a moral em baixo. Claro que é vital combater e acabar com estes salários absurdos, descontextualizados e desfasados da (nossa) realidade actual. Um dos grandes entraves para que as coisas evoluam nesse sentido, é precisamente o Governo, que tem no ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, a figura máxima e obstrutiva para que o sector empresarial do Estado não pare de "engordar". Teixeira dos Santos, é certo que ficará nos anais da história política do país, como um dos ministros mais incompetentes e medíocres que estiveram ao serviço de Portugal e dos portugueses. Era bom que tivesse alguma consciência do mau serviço que presta ao País e se demitisse!
Noutro âmbito, o ministro da Administração Interna também prestou um serviço muito bera aos portugueses, neste caso a uma considerável fatia de eleitorado, que não pôde exercer o seu direito de voto. Rui Pereira assumiu o erro e pediu desculpas, o que na sua perspectiva de coerência se revelou suficiente. Na minha perspectiva, se fosse outra pessoa qualquer era logo demitido, por incompetência e irresponsabilidade!
Mas o Governo de Sócrates já não tem muitas mais forças para governar. Coleccionando brilharetes destes, não demorará muito que Cavaco Silva (o Presidente reformado) se esqueça da "estabilidade" que proclamou nas Presidenciais, tenha uma intervenção mais musculada e o faça cair, dissolvendo o Parlamento. Mas aí, Cavaco terá de engolir dois grandes sapos gordos, que se chamam Passos Coelho e Paulo Portas, que estão à espreita, salivando por governar, não por mérito próprio, mas devido às incontáveis e constantes escorregadelas de Sócrates e seus pares.
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