Se por exemplo, você se dirigisse à PSP para participar o desaparecimento de uma pessoa e consequente pedido de auxílio no sentido de a encontrar e esbarrasse na intrasigência e no dever de cumprir escrupulosamente os ditames da lei e lhe dissessem que só com ordem do tribunal é que disponibilizariam ajuda... Se por exemplo, você se dirigisse ao tribunal, conforme proposto pelo agente de autoridade e ao pedir ajuda, esbarrasse na máquina infernal e ultra-burocrática que é a justiça em Portugal, já para não referir, outro exemplo, a má vontade dos funcionários do Estado, que em muitos casos gostam de experimentar a sensação de poder, uma coisa fictícia e ilusória, mas que lhes dá imenso prazer, desempenhar o papel de decisor... Coisas que por vezes são aparentemente simples e fáceis de resolver, mas que espíritos demasiadamente complexos e mesquinhos, humanamente e socialmente pobres, impedem que se resolvam com a urgência que se impõe. Por vezes o resultado é este: Uma idosa esteve desaparecida durante nove anos. Estava em sua casa, morta, tanto tempo quanto o que esteve desaparecida! Os familiares não tiveram ordem do tribunal para poder entrar em casa. Quem desbloqueou a situação foi o Fisco. Infelizmente, chegou primeiro que a família... para fazer uma execução fiscal! Este exemplo, de como a sociedade trata (ou não) as pessoas, é extremamente assustador e absolutamente devastador!
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