Era o debate mais aguardado duma série de debates da pré-campanha para as "Legislativas" de 5 de Junho, e havia alguma curiosidade por parte dos portugueses, porque expectativas de certeza que já não as têm. Curiosidade essa que foi dando lugar à resignação, fruto daquilo que já era esperado que ambos os candidatos protagonizassem: os ataques. Se para mim, que sou indeciso (mas que nunca votaria nestes dois), não foi surpresa nenhuma a maneira de estar e fazer política de ambos, o baixo nível a que já nos habituaram, o desprezo pelos cidadãos... mas, se calhar, para outros indecisos que pensariam votar em Sócrates ou em Passos Coelho, devem ter-se sentido decepcionados. Talvez esperassem ouvir daqueles dois algo mais concreto, algo mais de acordo com a nossa (dura) realidade. Talvez esperassem um José Sócrates menos arrogante, menos mentiroso, e que não destilasse tanto ódio pelo seu opositor. Talvez esperassem um Passos Coelho que não repercutisse tanto os ataques do seu adversário e que não se esforçasse tanto por esconder o seu salivar que escorre em cascata pela ânsia de chegar ao poder, a qualquer custo. Muito parcos, muito pobres, acerca daquilo que nos diz respeito, sobre o que realmente interessa aos portugueses - mais do mesmo! E o povo, pá?... Segue-se a campanha...
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