"Nem todos estão à vontade com a ideia de que a política é um vício. Mas é. Eles são viciados e mentem e enganam e roubam como fazem todos os junkies." - Hunter Stockton Thompson

quarta-feira, 25 de maio de 2011

O Circo está montado por todo o país!

Face às relações pouco cordiais, pouco respeitosas e pouco democráticas que têm vindo a aumentar entre a classe política que compõe o elenco dos principais partidos e, face ao que se assistiu na pré-campanha para estas legislativas (já para não citar a grave crise em que o país mergulhou), era mais que previsível que, quando o circo da campanha eleitoral  assentasse arraiais as coisas iriam endurecer ainda mais, e como não temos políticos e homens com H grande disponíveis para governar o país, o nível é aquele a que, infelizmente, já nos habituámos. Depois, aliado aqueles discursos de circunstância, bolorentos e a cheirar a mofo, apenas existe um vácuo. Como é um vácuo, há uma ausência de ideias! Para se preencher um vazio, ou se continua a debitar os tais discursos consumidos até à exaustão, caindo no exagero e no ridículo, ou, simplesmente espera-se. Espera-se que os adversários digam ou façam algo de errado para se atacarem, espera-se que os adversários dêem o flanco para, com golpes baixos, explorarem as suas fraquezas. Ás vezes, os próprios atacantes, num estado de pirexia e enrolados numa espiral de devaneio político a atirar-se para o rústico, submetem-se eles próprios a episódios hilariantes e pouco dignos do seu estatuto. Mas vale tudo para cair nas boas graças. Desde, andar de feira em feira a oferecer beijinhos, encher comícios com imigrantes paquistaneses, subir a árvores para colher fruta para se demonstrar que não se desaprendeu e que se é um fixe! É aqui que o povo, a sociedade em geral se vinga, gozando a exposição apalhaçada dos candidatos, dos políticos. Mas, depois de umas piruetas, de umas acrobacias e de umas ilusões, são eles que saem em braços. É fácil ser-se político em Portugal! É esta a forma de fazer política e de se governar qualquer coisa.

Sem comentários: