"Nem todos estão à vontade com a ideia de que a política é um vício. Mas é. Eles são viciados e mentem e enganam e roubam como fazem todos os junkies." - Hunter Stockton Thompson

quarta-feira, 7 de março de 2012

Absurda pintelhice!



Desde já vou avisando que sou totalmente contra o desaparecimento de quaisquer dos feriados que o Governo elimine. Mas, a acontecer, se for benéfico para a nação, feriado x ou y tanto me faz!
Nem me passaria pela cabeça estar a abrir uma guerra contra quem quer que fosse, discutindo qual feriado seria mais ou menos importante para os portugueses... Se formos por aí, qualquer dia temos um referendo nesse sentido!
Mas há políticos que dedicam o seu precioso tempo a este tipo de miudezas, a causas perdidas. Saltam do meio da penumbra em que se encontram, e com os seus arautos de moralidade defendem "PINTELHIMETRICAMENTE" o feriado que mais lhe convém. Como não têm nada de útil para acrescentar à sociedade, senão vacuidade, inventam manifestos para salvar a honra dum feriado, evocando, entre outras parvoíces, a desonra que será para a nação se o mesmo não for religiosamente gozado. É o caso de Ribeiro e Castro que apresentou um manifesto para defender a manutenção do feriado do 1º de Dezembro (feriado da Independência). No texto do referido documento, há uma frase que vem transcrita num artigo do jornal Público, e que me chamou a atenção: 
"Acabar com o feriado do 1º de Dezembro seria atacar da pior forma a independência de Portugal". Até porque, "quando alguns falam de que Portugal caiu numa situação de "protectorado" e o endividamento diminui a liberdade de decisão é o tempo de celebrar, exaltar e fortalecer a vontade e o brio da independência nacional".
Absurdo! Isto é política para tótós! Senhor Dr. Ribeiro e Castro, Portugal começou a perder a sua debilitada independência, quando entrou para a CEE. Continuou a perdê-la, assim que aderiu à moeda única. E agora perdeu a independência na totalidade, a sua soberania, ao pedir ajuda financeira ao FMI! E quem foram os verdadeiros responsáveis pelo estado das coisas? Você quer celebrar o quê? Deixe-se de retóricas!


[mais info: Público]

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